Israel se recusou a retirar suas forças do corredor Filadélfia, localizado na fronteira entre Gaza e o Egito, conforme uma exigência prevista na segunda fase do cessar-fogo com o Hamas, disse uma fonte israelense à CNN nesta quinta-feira, 27. Apesar da recusa, o país está enviando uma delegação a Cairo para continuar as negociações, com objetivo de estender a trégua e garantir a liberação de mais reféns.
“Não permitiremos que assassinos do Hamas circulem novamente com caminhões e rifles em nossas fronteiras, e não os deixaremos se fortalecer novamente por meio do contrabando”, disse a fonte. Os militares deveriam começar a sair da região se o atual acordo de cessar-fogo, cuja primeira etapa expira no sábado, 1º de março, avançasse para a fase 2.
Corredor Filadélfia
O exército israelense assumiu o controle do corredor em maio. A retirada completa das forças militares de Tel Aviv, inclusive da região fronteiriça, era prevista pela segunda fase da trégua.
O corredor Filadélfia foi um dos pontos mais disputados entre Israel e o Hamas. Para o grupo palestino, qualquer tentativa israelense de manter o controle da região é “uma clara violação do acordo de cessar-fogo e uma tentativa de obstruir o processo, levando ao seu fracasso.” Por outro lado, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu defende que ocupar a fronteira é essencial para a segurança de seu país.
Apesar da recusa em retirar suas forças, o governo israelense se comprometeu a enviar uma equipe ao Cairo para discutir a extensão do cessar-fogo e a liberação de mais reféns. Acredita-se que cerca de 60 pessoas ainda estejam em posse do Hamas, metade das quais ainda estariam vivas.
A segunda fase do cessar-fogo exigiria que Israel retirasse todas as suas forças de Gaza, incluindo da fronteira egípcia. O Hamas seria então obrigado a libertar todos os reféns vivos em troca de mais palestinos detidos em prisões israelenses. Contudo, até o momento, os dois lados não chegaram a um acordo definitivo sobre os próximos passos, o que mantém a situação em um estado de incerteza.
Após a entrega dos últimos quatro reféns mortos na noite de quinta-feira, 26, Hamas reforçou seu compromisso de liberar mais cativos, mas alertou que qualquer tentativa de Israel de obstruir o acordo causará mais sofrimento a eles e suas famílias.
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