Em um passo rumo à descarbonização, o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o embaixador da Noruega, Odd Magne Ruud, assinaram na quarta-feira 26 um Memorando de Entendimento para o desenvolvimento de um “corredor logístico marítimo sustentável“. O projeto visa a utilização de navios movidos por tecnologias inovadoras e combustíveis de baixo ou zero carbono, contribuindo para atingir as metas climáticas internacionais.
De acordo com Costa Filho, a iniciativa é um marco para o setor logístico e terá impacto global. “Esse é um projeto que vai trazer benefícios para todo o mundo, não apenas para os dois países. Junto com o governo Norueguês, nós adotamos um compromisso capaz de tornar o modal marítimo ainda mais sustentável e ecologicamente desenvolvido”, afirmou.
O embaixador da Noruega, Odd Magne Ruud, lembrou que a ligação entre os dois países sempre foi mediada pelos oceanos e que a colaboração representa uma oportunidade estratégica para demonstrar a viabilidade de um transporte marítimo mais sustentável. “ Com uma história marítima sólida, a Noruega reafirma seu compromisso com a transição energética e reconhece, nesse projeto inovador, uma oportunidade estratégica para demonstrar ao mundo o potencial de uma navegação mais sustentável”, afirmou.
O Ministério de Portos e Aeroportos e o Embaixador da Noruega compartilharam a assinatura do Memorando nas redes sociais.
O documento elenca entre seus objetivos principais o “desenvolvimento de rotas eficientes, a implementação de portos sustentáveis e o uso de combustíveis de emissão zero, incentivando uma nova era no transporte marítimo”.
O projeto também faz parte de um movimento global em prol da descarbonização do transporte marítimo, que teve início com a “Declaração de Clydebank” na COP26 de Glasgow, em 2021, que incentivou a criação de corredores verdes para a navegação e a transição para fontes de energia mais limpas.
De olho na COP30
A colaboração entre Brasil e Noruega estará em foco durante a próxima cúpula climática das Nações Unidas, a COP30, que será sediada por Belém, em novembro. Durante o evento, ambos os países devem apresentar os primeiros avanços na criação dos corredores marítimos, na tentativa de cumprir com os objetivos estipulados pelo Acordo de Paris (o principal deles sendo a limitação do aquecimento global a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, algo que sem um grande ponto de virada já começa a parecer inviável, segundo cientistas).
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