O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira, 26, que planeja aplicar tarifas de 25% à União Europeia (UE), bloco que, segundo ele, foi “criado para prejudicar os Estados Unidos”. Em sua primeira reunião de gabinete no novo mandato, o republicano disse que daria mais detalhes sobre a decisão “em breve”, embora tenha citado que as taxas englobariam “carros e outras coisas”.
A agência de notícias Bloomberg estimou que o novo cerco de Trump pode atingir até US$ 29,3 bilhões (mais de R$ 169 bilhões) das exportações dos 27 membros do grupo. No início do mês, a Comissão Europeia, braço executivo do bloco, já havia afirmado que “não vê justificativa para a imposição de tarifas” e prometeu retaliações “para proteger os interesses de empresas, trabalhadores e consumidores europeus de medidas injustificadas”.
A União Europeia, como conjunto, é o terceiro maior parceiro comercial dos Estados Unidos. Os dois primeiros, México e Canadá, devem ser alvos de tarifas impostas pelo governo americano a partir de semana que vem, após uma negociação que adiou a medida por um mês.
Segundo a Casa Branca, a ação assinada por Trump inclui um mecanismo para aumentar ainda mais as taxas se as nações apresentarem retaliações contra seu país. Tanto o Canadá quanto o México têm planos, se necessário, de impor seus próprios impostos em resposta.
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Reunião com Macron
Na segunda-feira, 24, o presidente da França, Emmanuel Macron, se tornou o primeiro líder europeu a visitar Trump desde o seu retorno à Casa Branca, em 20 de janeiro. A reunião, realizada num contexto de crescentes discordâncias entre os dois sobre o futuro da guerra na Ucrânia, tratou também sobre as ameaças do republicano de adicionar a UE à lista de alvos de tarifas.
Além do México e Canadá, a China foi submetida a tributos de 10% no início do mês. Após o encontro com Trump, Macron disse acreditar ter conseguido persuadir o inflexível líder dos EUA de mirar no bloco europeu, afirmando à emissora americana Fox News: “Vamos lá, você não pode ter uma guerra comercial com a China e a Europa ao mesmo tempo. Espero tê-lo convencido”.
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