Uma doença desconhecida matou 53 pessoas na vila de Boloko, na República Democrática do Congo, anunciaram autoridades da saúde nesta terça-feira, 25. Os primeiros casos foram registrados após três crianças comerem um morcego e morrerem rapidamente, em 48 horas após os primeiros sinais da doença. Os sintomas incluem febre, vômitos e hemorragia interna, também apresentados em casos de ebola, dengue, marburg e febre amarela.
A curto intervalo entre os sintomas iniciais e a morte “é realmente preocupante”, disse Serge Ngalebato, diretor médico do Hospital Bikoro, um centro regional de monitoramento, à agência de notícias Associated Press. Os pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica, na capital Kinshasa, testaram mais de uma dúzia de amostras coletadas nas vítimas, mas descartaram que seja de doenças comuns, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Até o momento, 419 pessoas foram contaminadas.
+ Doença desconhecida matou 140 pessoas em duas semanas no Congo, dizem autoridades
Problemas anteriores
Não é a primeira vez, no entanto, que o Congo vive uma crise de saúde por uma doença misteriosa. Em dezembro, 143 pessoas morreram no sudoeste do país em um período de duas semanas. As mortes foram registradas entre 10 e 25 de novembro na província de Kwango e as pessoas infectadas apresentaram sintomas semelhantes aos da gripe, incluindo febre, dor de cabeça, tosse e anemia.
Na época, o ministro da Saúde provincial, Apollinaire Yumba, aconselhou a população a não tocar nos corpos dos mortos para evitar a contaminação. A OMS foi, então, alertada sobre a doença e iniciou investigações sobre a situação junto com o Ministério da Saúde Pública do Congo. Mais tarde, autoridades congolesas afirmaram que se tratava de um surto de malária.
Além da doença misteriosa, o o Congo é assolado pela epidemia de mpox, antes conhecida como varíola dos macacos. Mais de 47 mil casos suspeitos e mais de mil mortes suspeitas pela doença foram registrados no país, de acordo com dados da OMS de dezembro.
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