O papa Francisco, hospitalizado em Roma no hospital público Gemelli desde o dia 14 de fevereiro, permanece “estável” e sem episódios agudos respiratórios, segundo relatório do Vaticano divulgado na tarde desta terça-feira 25.
“As condições clínicas do santo padre permanecem críticas, mas estáveis. Não ocorreram episódios agudos respiratórios e os parâmetros hemodinâmicos continuam estáveis. À noite, foi realizada uma tomografia computadorizada de controle programada para o monitoramento radiológico da pneumonia bilateral. O prognóstico continua reservado. Pela manhã, após receber a eucaristia, retomou as atividades de trabalho”, disse o comunicado.
O boletim médico divulgado mais cedo nesta terça informou que o pontífice “descansou bem a noite toda”. E, na véspera, a Santa Sé comunicou que o papa Francisco apresentou “leve melhora”. “As condições clínicas do Santo Padre, em seu estado crítico, apresentam uma leve melhora. Ainda hoje não houve episódios de crises respiratórias asmáticas; alguns exames laboratoriais melhoraram”, disse o texto.
Desde que foi hospitalizado, o pontífice teve seu pior dia no sábado 22, quando sofreu uma crise respiratória asmática longa, exigindo a administração de oxigênio em alto fluxo. No mesmo dia, foi detectada uma redução no número de plaquetas (plaquetopenia) associada à anemia, tornando necessária a realização de transfusões sanguíneas. No domingo 23, em comunicado distribuído à noite, o boletim informou que o santo padre apresentou uma leve insuficiência renal.
Na segunda-feira, porém, o Vaticano relatou que o monitoramento de insuficiência renal leve “não é uma preocupação”, e em coletiva de imprensa nesta terça, da qual VEJA participou, autoridades da Santa Sé voltaram a dizer que a condição renal não preocupa.
Também foi informado a repórteres que o papa continua usando oxigênio, como VEJA reportou na véspera, mas nada permanente.
Questionadas sobre a convocação de um consistório nesta manhã, reunião formal de cardeais que Bento XVI chamou antes de anunciar sua renúncia, em 2013, autoridades do Vaticano negaram que a medida indicava um movimento semelhante. “Convocar consistórios é uma prática normal”, garantiram.
Segundo a imprensa italiana, um dos maiores receios da equipe médica, mencionado em coletiva de imprensa, é o risco de sepse – uma infecção generalizada que se espalha pelo sangue e pode afetar todo o corpo.
Embora continue lúcido, compromissos foram cancelados, incluindo uma audiência papal e sua participação na missa dominical. Desde o início da semana passada, os boletins médicos passaram a descrever a situação como “complexa”, depois que ele foi diagnosticado com uma infecção polimicrobiana e pneumonia bilateral – quando a doença afeta os dois pulmões.
Depois de dar entrada no hospital com uma bronquite, as novas doenças identificadas levaram a uma alteração nos tratamentos.
Na última noite, em uma demonstração de fé, católicos se dirigiram à Praça São Pedro, no Vaticano, para rezar pela saúde do papa Francisco, ainda em estado crítico desde que foi internado, em 14 de fevereiro, no hospital público Agostino Gemelli. O cardeal secretário de Estado e “papável” Pietro Parolin, cardeais residentes em Roma e colaboradores da Cúria Romana e da Diocese de Roma conduziram o Santo Rosario (terço) pela recuperação do santo padre. O evento foi transmitido em streaming no portal Vatican News, nas redes sociais e ao vivo na Rádio Vaticano e deve se repetir a partir desta terça.
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