Em uma demonstração de fé, católicos se dirigiram à Praça São Pedro, no Vaticano, para rezar pela saúde do papa Francisco, ainda em estado crítico desde que foi internado em 14 de fevereiro, no hospital público Agostino Gemelli. O cardeal secretário de Estado e “papável” Pietro Parolin, cardeais residentes em Roma e colaboradores da Cúria Romana e da Diocese de Roma conduziram o Santo Rosario (terço) pela recuperação do Santo Padre. O evento foi transmitido em streaming no portal Vatican News, nas redes sociais e ao vivo na Rádio Vaticano e deve se repetir todas as noites a partir desta segunda-feira, 24.
No início da pregação, o cardeal Parolin recitou:
“Ó Deus, vinde em meu auxílio.
Senhor, apressai-vos em me socorrer.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
como era no princípio, agora e sempre,
pelos séculos dos séculos.
Amém.”
Em Bolonha, os fiéis já haviam se reunido na noite de domingo em uma celebração presidida pelo cardeal Matteo Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), na Igreja de São Domingos. A CEI anunciou que esse foi o primeiro de uma série de encontros que irão unir “todas as Igrejas na Itália”.

+ Papa Francisco apresenta ‘leve melhora’ e médicos afastam temores de insuficiência renal
Para responder a este chamado para intensificar a oração, a comunidade do Gemelli também está conduzindo missas “durante todo o período da hospitalização do Santo Padre”, com o objetivo de “expressar de maneira ainda mais forte a proximidade e apoio neste momento de provação e sofrimento”, informou o Vaticano. Na Capela São João Paulo II, localizada no hall do hospital, ocorreu na manhã de hoje uma hora de adoração. Às 16h30 (horário de Roma), com a mesma intenção, rezaram diante da estátua de São João Paulo II, na praça em frente à instituição.
Segundo boletim do Vaticano divulgado na tarde desta segunda-feira, 24, o papa Francisco, apresentou “leve melhora”. “As condições clínicas do Santo Padre, em seu estado crítico, apresentam uma leve melhora. Ainda hoje não houve episódios de crises respiratórias asmáticas; alguns exames laboratoriais melhoraram”, disse o texto.
Em coletiva com veículos da imprensa, incluindo VEJA, porém, fontes do Vaticano ressaltaram que o quadro ainda é “crítico”. Ele não recebeu visitas entre a noite de domingo 23 e esta segunda.
O boletim médico divulgado mais cedo nesta segunda informou que o pontífice passou uma “noite tranquila, dormiu e está repousando”. Pela manhã, recebeu a eucaristia, enquanto à tarde retomou suas atividades laborais (na noite anterior, já havia telefonado ao pároco de Gaza).
Desde que se ausentou, o pontífice teve seu pior dia no sábado, 22, quando sofreu uma crise respiratória asmática longa, exigindo a administração de oxigênio em alto fluxo. No mesmo dia, foi detectada uma redução no número de plaquetas (plaquetopenia) associada à anemia, tornando necessária a realização de transfusões sanguíneas. No domingo, em comunicado distribuído à noite, o boletim informou que o Santo Padre apresentou uma leve insuficiência renal.
Nesta segunda, o Vaticano relatou que o monitoramento de insuficiência renal leve “não é uma preocupação”.
“A oxigenoterapia continua, embora com fluxo e porcentagem de oxigênio ligeiramente reduzidos”, disse o boletim mais recente.
Segundo a imprensa italiana, um dos maiores receios da equipe médica, mencionado em coletiva de imprensa, é o risco de sepse – uma infecção generalizada que se espalha pelo sangue e pode afetar todo o corpo.
Embora continue lúcido, compromissos foram cancelados, incluindo uma audiência papal e sua participação na missa dominical e no Angelus. Desde o início da semana passada, os boletins médicos passaram a descrever a situação como “complexa”, depois que ele foi diagnosticado com uma infecção polimicrobiana e pneumonia bilateral – quando a doença afeta os dois pulmões.
Depois de dar entrada no hospital com uma bronquite, as novas doenças identificadas levaram a uma alteração nos tratamentos.
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