
O áudio corrobora o que Cid disse em delação. “Por mais que a busca tenha sido incessante, não foi encontrada fraude nas urnas”, disse o ex-ajudante de ordens em depoimento em novembro de 2024. Segundo Cid, Bolsonaro não aceitou o resultado e mandou que o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, alterasse a conclusão do relatório. “O presidente queria que o relatório final do Ministério da Defesa relatasse que havia fraude nas urnas.”
Relatório das Forças Armadas enviado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em novembro de 2022 diz que “não é possível afirmar” que urnas não podem ser fraudadas. No texto, os militares disseram que “não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”. A urna eletrônica é usada no Brasil desde 1996 sem nenhuma comprovação de fraude ou adulteração de resultado. Elas são auditáveis e passam por testes de integridade.

Bolsonaro editou minuta do golpe, diz Cid
Em outra gravação, Cid fala que Bolsonaro editou o rascunho do decreto para instituir um golpe de Estado e sabia quais eram as consequências de suas ações. “Ele entende as consequências do que pode acontecer. Hoje, ele mexeu naquele decreto, ele reduziu bastante, fez algo muito mais direto, objetivo e curto. E limitado, né?”, contou o ex-ajudante em áudio enviado ao então comandante do Exército, general Freire Gomes.
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