O Vaticano divulgou por volta das 19h deste domingo, 23, em Roma (15h no horário de Brasília), um novo boletim médico do Papa Francisco que indica que o pontífice agora enfrenta o início de uma leve insuficiência renal, mas controlada. VEJA acompanha as atualizações sobre o estado de saúde do Papa, que continua crítico, diretamente de Roma, e apurou que ele está conseguindo falar. Desde a noite de sábado, 22, o Santo Padre não apresentou mais crises respiratórias, recebeu transfusões de sangue e segue recebendo oxigênio com a ajuda de um cateter nasal.
“O Santo Padre continua vigilante e bem orientado. A complexidade do quadro clínico e a espera necessária para que as terapias farmacológicas deem algum feedback exigem que o prognóstico permaneça reservado. Durante a manhã, no apartamento montado no 10º andar, ele participou da Santa Missa, junto com os que estão cuidando dele nestes dias de internação.”, diz o boletim oficial.
Como está o Papa Francisco
A hospitalização do pontífice não interrompeu a agenda do Jubileu 2025, que está sendo cumprida para contemplar as centenas de peregrinos que chegam à cidade todos os dias. No começo da manhã ensolarada na Basílica de São Pedro, centenas de fieis chegavam para participar da missa do Jubileu dos Diáconos, mas a movimentação na região não está acima do normal para um domingo. O arcebispo italiano Rino Fisichella leu a homilia que deveria ter sido pronunciada pelo papa Francisco. O sermão destacou que “em um mundo onde há apenas ódio contra os adversários, não há esperança, não há futuro, e está destinado a ser dilacerado por guerras, divisões e vinganças intermináveis, como infelizmente vemos hoje, em muitos níveis e em várias partes do mundo”.
O texto ainda apresentou os diáconos (auxiliares) como uma “uma ponte entre o altar e a rua” e enalteceu o trabalho gratuito que realizam. “Uma expressão da consagração à caridade de Cristo”. A importância do perdão também fez parte do recado do Santo Padre. “Ele é um elemento indispensável para qualquer caminho eclesial e condição para toda convivência humana”. Por isso, foi feito um apelo à reconciliação, em vez de rupturas.
O monsenhor lembrou que todos sentem o papa próximo, apesar de ele estar hospitalizado e convidou os presentes a rezarem por ele nesse momento difícil. A missa concluiu o quarto evento do Jubileu 2025. Ao todo, seis mil peregrinos de 100 países se inscreveram para o evento.
Segundo o Vaticano, o Brasil é uma das nações com o maior número de inscritos, com 230 diáconos e seus familiares participando das celebrações na capital italiana. Durante a Eucaristia, foram ordenados 23 novos representantes permanentes, sendo dois brasileiros: Rogério Reis, da Arquidiocese de Porto Alegre, e Luís Roberto, da Arquidiocese de São Paulo.
Outra alteração da rotina do domingo em Roma foi a divulgação por escrito do Angelus, oração recitada ao meio-dia pelo papa Francisco, que não comparece há duas semanas consecutivas. A pregação recorda o mistério perene da encarnação de Jesus Cristo.
Comunicando-se pela primeira vez desde que entrou no 10° andar do hospital Gemelli, ele escreveu: “Sigo confiante na minha internação, continuando o tratamento; o descanso também faz parte da terapia”. O pontífice recordou o terceiro aniversário da guerra contra a Ucrânia e pediu paz para a Palestina, Israel, Oriente Médio, Mianmar, Quivu e Sudão”.
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