14 de março de 2025

‘Não gosto’, diz secretário sobre nomear projeto de ‘anti-Oruam’

Oruam acumula mais de 10 milhões de ouvintes mensais no Spotify e algumas de suas músicas já estiveram entre as mais ouvidas do país. Ele é filho de Marcinho VP, líder do Comando Vermelho, que está preso. Em um show no festival Lollapalooza de 2024, o cantor vestiu uma camiseta que pedia liberdade para o pai.

Projeto de lei foi apresentado pela vereadora Amanda Vettorazzo (União) na Câmara Municipal de São Paulo e replicado em outras 12 capitais. Apesar de não citar o nome do cantor no texto, a parlamentar batizou o PL de “anti-Oruam” e criou um site com o nome e fotos dele para incentivar vereadores a protocolarem proposta semelhante em outras cidades. Pesquisadores e ativistas acusam a vereadora de tentar censurar e perseguir movimentos periféricos, como o funk e o rap.

Na última semana, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), defendeu o projeto e disse que Amanda Vettorazzo não atacou o funk ou ao rap. Segundo ele, a vereadora associou a proposta a apenas uma pessoa específica.

O prefeito disse numa entrevista que qualquer expressão artística que faça apologia ao crime não terá apoio de recurso público. O projeto em si é uma decisão da Câmara. A nós cabe acompanhar a discussão, é uma decisão do Poder Legislativo. Totó Parente

Secretário criticou a disputa ideológica pela cultura e diz que a sociedade cansou dessa briga entre esquerda e direita. “A vida é inteligente fora dessa disputa. Vamos dialogar com todo mundo porque a cultura é a representação do sentimento da cidade. Já sentei com os vereadores mais à direita e conversei com gente da esquerda. O nosso posicionamento é defender uma cultura ampla para todos”.

Parente se diz “radicalmente de centro” e afirma que quer apaziguar as discussões ideológicas na Cultura. “Você piscou de um lado, você é fascista, piscou do outro lado, você é comunista. As pessoas estão muito apaixonadas, tudo muito acalorado. O meu papel aqui é justamente tentar distensionar e me manter no meio. Nesse caso, ser radicalmente de centro”.

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