O papa Francisco apresentou “leve melhora” no quadro e segue estável, afirmou o Vaticano na tarde desta quarta-feira, 19. No início da semana, os boletins médicos passaram a descrever a situação como “complexa”, depois que o pontífice foi diagnosticado com uma infecção polimicrobiana e pneumonia bilateral – quando a doença afeta os dois pulmões.
A Santa Sé informou que, apesar da gravidade do quadro, o papa segue lúcido e realizando pequenas atividades. Ele já consegue sentar-se em uma poltrona e continua trabalhando. No entanto, compromissos foram cancelados, incluindo uma audiência papal e sua participação na missa dominical.
A primeira-ministra da Itália, Georgia Meloni, visitou Francisco no hospital nesta quarta-feira, 19, em Roma, onde ele está internado desde a sexta-feira 14. Após a visita, ela afirmou que o líder religioso segue alerta e não perdeu seu característico senso de humor.
Em comunicado oficial, a premiê expressou satisfação ao vê-lo bem e ressaltou que conversaram e brincaram como de costume. Ela também transmitiu votos de rápida recuperação em nome do governo e da população italiana. “Fiquei muito feliz em encontrá-lo alerta e bem-humorado”, disse.
O que levou à internação?
Francisco foi hospitalizado para tratar uma bronquite que evoluiu para uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias. Fontes próximas ao papa afirmaram à VEJA que a situação continua delicada. “Ele está consciente, com a cabeça boa, mas a respiração está bastante frágil. O quadro é preocupante, principalmente pela idade dele”, relataram.
Por que o quadro é complexo?
A bronquite é uma inflamação dos brônquios, canais que levam ar da traqueia aos pulmões. O inchaço e a produção de secreções dificultam a respiração, tornando o quadro ainda mais grave quando há infecções associadas. Em pessoas idosas, como Francisco, a recuperação tende a ser mais lenta e requer acompanhamento rigoroso.
Outro fator que complica a situação é o histórico médico do Papa. Aos 21 anos, ele desenvolveu pleurisia e precisou remover parte do pulmão direito. Além disso, já passou por outras cirurgias e enfrenta dificuldades de locomoção, o que pode impactar sua reabilitação.
Do lado de fora do hospital, fiéis continuam em vigília, deixando mensagens de apoio e orações pela recuperação do líder da Igreja Católica.
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