A Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, divulgou um novo relatório nesta quarta-feira, 19, que indica que o asteroide 2024 YR4 pode atingir a região mais densamente povoada do mundo em 2032. O “corredor de risco”, como são chamadas regiões na mira do asteroide, abrange o leste do Oceano Pacífico, norte da América do Sul, Oceano Atlântico, África, Mar Arábico e sul da Ásia.
A rota inclui, portanto, as cidades de Bogotá, na Colômbia, com mais de 11,6 milhões de habitantes na área metropolitana; Mumbai, na Índia, lar de 18,4 milhões de pessoas; e Dhaka, em Bangladesh, que abriga mais de 23,9 milhões. Os dados da Nasa também aumentaram de 2,3% para 3,1% a probabilidade do 2024 YR4, identificado em dezembro do ano passado, de colidir com a Terra. Trata-se, segundo a agência americana, do “asteroide de maior ameaça já detectado”.
Apesar do alerta, a Nasa explicou que é comum que o risco de colisão aumente com o tempo e depois seja progressivamente reduzido a zero à medida que novos dados são obtidos. Não há informações precisas sobre o tamanho do asteroide, mas pesquisadores acreditam que tenha entre 40 e 90 m de tamanho. A maior estimativa indica que pode alcançar a altura da Estátua da Liberdade, em Nova York, de 93 m.
Os números divergem aos apresentados pela Agência Espacial Europeia (ESA), que estima um risco de 2,8%. De qualquer maneira, o 2024 YR4 já representa um nível de ameaça maior do que o asteroide Apophis, de 2004, que cientistas acreditavam que atingiriam a Terra em 2029. A hipótese, no entanto, foi abandonada após pesquisas.
+ As chances de um asteroide cair na Terra aumentaram. Há motivo para alarde?
Preocupação chinesa
Na semana passada, uma reportagem do jornal britânico The Guardian afirmou que a China começou a buscar recrutas para uma “força de defesa planetária” após avaliações de risco sobre o 2024 YR4. Em anúncios de emprego publicados online nesta semana, a Administração Estatal de Ciência, Tecnologia e Indústria para Defesa Nacional da China (SASTIND) buscava profissionais com menos de 35 anos graduados em engenharia aeroespacial, cooperação internacional e detecção de asteroides.
Das 16 vagas de emprego listadas, três são relacionadas à nova “força de defesa planetária”, descrita como um espaço de pesquisas sobre monitoramento e alerta precoce de asteroides próximos à Terra”. Para a força, há exigência de no mínimo mestrado, com especialização em astrofísica, tecnologia de exploração da Terra e do espaço e ciência e tecnologia aeroespacial.
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